segunda-feira, dezembro 10, 2007

chão

















( quase ) missão cumprida... :) gravar é como construir um chão onde pousar um tempo de histórias, emoções e encontros e daí partir para todos os projectos que nos apeteça, com essas histórias, concretizar... ou seja... é muito bom! :)

quarta-feira, outubro 10, 2007

Coliseus, lado a lado

foi muito bom. foi uma emoção fortíssima estarmos juntos nos palcos dos Coliseus de Lisboa e do Porto. com vocês. muito obrigada sempre.

sexta-feira, setembro 28, 2007

viagens

daqui a pouco saio para Paredes e logo à noite vou conversar com dois amigos, que é uma coisa de que gosto especialmente:) amanhã é o Coliseu do Porto. das histórias que hei-de ter para contar do Lado a Lado, os ensaios com o Fausto e o Zé Mário Branco são sem dúvida dos momentos mais marcantes. são dois mestres. de uma simplicidade desarmante. foi tão bom, tão comovente, estar lado a lado com eles estes dias. por motivos incontornáveis, o Zé Mário não vai poder estar no Porto e fará só o Coliseu de Lisboa. o Fausto vem connosco em toda a viagem. e pronto... é que foram mesmo fortes, estes encontros. foram mesmo de rebentar o coração.

terça-feira, setembro 11, 2007

Eduardo Prado Coelho


S.Martinho deixou e deixa em todos os que lá passaram férias (desde a infância, como eu e tantos outros) memórias parecidas e diferentes, mas esta imagem da Cecília a passar à beira mar com o seu carrinho dos bolos é igual e igualmente entranhável para todos. a imagem seguinte seria a de um monte de crianças à volta dela ( já estive nesse papel, também, como agora está o meu filho, os meus sobrinhos, o resto do miúdos que, quando a vislumbram ao fundo da praia, começam a pedir se podem comprar-lhe um bolo quando ela passar ali).

lembrei-me de S.Martinho, a propósito de Eduardo Prado Coelho, porque também ele lá passou férias e porque recordo tê-lo visto algumas vezes sentado em frente da barraca (em S.Martinho não há toldos, há barracas alinhadas em "ruas" que são uma espécie de "moradas de praia" ) ao lado da sua mãe, há muitos anos atrás. eu era estudante de Línguas e Literaturas Modernas na Faculdade de Letras e ele era, a par de Roland Barthes e Umberto Eco, um dos meus "ídolos". era um crítico (foi assim que primeiro o conheci) com a sensibilidade e a transcendência de um grande escritor. era um homem das Letras e da Cultura que nos enche de orgulho e cuja perda deixa um imenso vazio.

em "Dia por Ama" ele escreveu assim:
"Quando começa uma pessoa a nascer? Quando começa a morrer? Será que começa a morrer ainda antes de ter nascido por inteiro? Sentado numa cadeira de praia interrogo o pé que desenha na areia quente uma âncora. E depois a âncora desenha um coração. E depois o coração desenha uma janela. Levanta-se da cadeira, aproxima-se da janela, debruça-se, dá um impulso ao corpo magoado e cai. Só o vento o acompanha. Está ainda a nascer? Ou começou agora? Meu amor, vejo-te nascer todos os dias, com os olhos estremunhados e o polegar enfiado na boca. Escondo de ti que todos os dias comecei a morrer, desde sempre, envergonhado de não ter guelras, ou asas, ou orelhas com pêlo felpudo. Aproveito o teu nascimento ininterrupto para dar um salto para junto de ti, e ter a ilusão, a alegria, a flor, a moeda mágica, que vão garantir que é contigo que nasço em cada dia que nasces."

é esse o poder de um grande escritor: nascer sempre, todos os dias, em quem o lê.
então, com as palavras desenho no coração uma âncora e guardo, do que li, o que mais amei.

segunda-feira, agosto 20, 2007

jean michel basquiat

tudo o que é quente tem noite no fundo.

sexta-feira, agosto 17, 2007

há quem nos ensine tanto

adoro esta frase no "encosta-te a mim" do Jorge Palma:

"eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz"...

há quem nos ensine tudo, assim.

segunda-feira, agosto 13, 2007

este lugar



está-se bem neste lugar. a trabalhar nas canções novas que estou cheia de vontade de gravar, a descontrair, a conversar até altas horas com amigos de sempre, daqueles que nos reconciliam com os nossos sonhos mais fundos, com as nossas histórias mais dispersas, com o que bate mais ou menos certo no caminho. é bom. largam-se os medos na entrada e desmonta-se cada peça de que é feito o coração. depois faz mesmo tudo mais sentido. cada um tem o seu norte. este é o meu.

sexta-feira, julho 27, 2007

muito bom!

quinta-feira, julho 26, 2007

Aimee Mann

gostei mesmo muito. grande postura. grandes canções. óptimos arranjos com dinâmicas super bem conseguidas. músicos excelentes a tocar com uma simplicidade e um bom gosto incríveis. direito a uma grande canção tocada pela primeira vez ao vivo. faltou uma das minhas preferidas, "invisible ink", mas ficámos a conhecer dois temas novos, muito, muito bons. Aimee Mann no Coliseu de Lisboa, ontem. inesquecível.

domingo, julho 22, 2007

a Ju


ontem foi o festival Delta Tejo e nas fotos está a nossa muito querida fotógrafa "oficial" Joana Lima Rocha a fotografar durante o ensaio de som:) é giro ter-te na imagem, a ti que nos tens trazido tantas e tão boas imagens do nosso trabalho, de ensaios, espectáculos, encontros, abraços, concentração, gargalhadas, como quem vai juntando peças de um puzzle que é parte tão importante das nossas vidas. és a maior! obrigada:)

sexta-feira, julho 20, 2007

"lado a lado" na "estrada"

eu, a Ana ( manager do projecto) e a Lena (road manager) no aeroporto do Funchal no dia seguinte ao espectáculo com que iniciámos a tournée do Lado a Lado. foi bom, foi uma noite calorosa na Praça do Município transformada num extraordinário auditório ao ar livre! horas depois estariamos em viagem para Viseu onde, apesar da chuva que ameaçou obrigar a cancelar o espectáculo, foi possível, com o enorme esforço de toda a equipa, montar, fazer checksound e começar a tocar a partir do momento em que a chuva parou, já passava das 18,30h... estava frio, mas o adro da Sé de Viseu é um lugar lindíssimo, o público foi fantástico, e gostei muito também de ter lá tocado.
obrigada, em qualquer destes lugares, ao pessoal do Clube que aparece sempre. são uma força enorme :) é tão bom sentir-vos presentes, em momentos tão cúmplices, e poder dar-vos um abraço no final.

quinta-feira, junho 28, 2007

Jackson Pollock


para os admiradores, como eu sou!, da obra de Jackson Pollock...have fun;)

terça-feira, junho 26, 2007

é bom poder dizer e ouvir "encosta-te a mim"

há canções que nos tocam assim. parecem chegar a todos os cantos da nossa vida inteira. e são todos os momentos que voltam numa emoção que nos cola, por dentro, às memórias escondidas que vamos guardando do que já vivemos, já sentimos, já rimos e chorámos juntos. afinal, é bom poder dizer e ouvir "encosta-te a mim"...

sábado, junho 23, 2007

Manuel de Oliveira



não vou poder ir, porque já tinha outro compromisso nesse dia, mas adorava poder ir! o Manuel de Oliveira vai estar na Casa da Música dia 30 deste mês com o Carles Benavent e o Jorge Pardo. é sempre um encontro para não perder!
muita m..., Manel! :) gostava mesmo de poder estar nessa noite com vocês e com a vossa música mas há-de haver quem me ligue para poder ouvir um bocadinho;).

sexta-feira, junho 15, 2007

contagiem-se:)

quinta-feira, junho 14, 2007

gosto tanto de ti

Encosta-te a mim


Encosta-te a mim, nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim, talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim, dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou, deixa-me chegar.

Chegado da guerra, fiz tudo p´ra sobreviver
em nome da terra, no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem, não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói, não quero adormecer.

Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.

Encosta-te a mim, desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.

Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.

Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.

JORGE PALMA

sexta-feira, junho 08, 2007

a Marta dos Xutos

às vezes passamos pelos dias com tanta pressa, às vezes com tanta indiferença, que nos esquecemos disto que a vida, de vez em quando, nos obriga a aprender: cada momento importa como a vida inteira. cada momento que vivemos, que sentimos, que guardamos nos lugares mais entranháveis da nossa memória, nesses lugares onde somos quem nós somos de verdade, onde abraçamos e somos abraçados por quem fica quando às vezes não fica mais nada, as pessoas que amamos e que nos constroem, por dentro, que fazem que exista em nós, por dentro, um mundo que nos acolhe.
hoje sinto-me triste. mas quem é que não se sente triste, hoje? há uma pessoa, que é e será sempre uma pessoa nossa, que nos deixou. porque, directa ou indirectamente, mais perto ou mais longe, estamos juntos nisto. fazemos música, fazemos estrada, pomos tanta paixão nisto que fazemos que é a nossa vida que deixamos aqui. uns com os outros. a saber uns dos outros. a guardar-nos uns aos outros. a dizer-nos uns aos outros constantemente.
guardo da Marta óptimas recordações mas guardo, principalmente, saber dela muitas vezes porque ela disse qualquer coisa à Ana, porque ela ligou, porque ela achava isto ou aquilo de qualquer coisa e a sua opinião era mesmo muito importante. a Marta é tão forte dentro da vida da Ana como a Ana é forte dentro da minha vida. a Marta chegou, por dentro da vida da Ana, de uma forma tão afectiva, dentro da minha vida e hei-de guardá-la sempre, assim, em mim.

segunda-feira, junho 04, 2007

Jorge Palma


"enquanto houver estrada pra andar
a gente vai continuar
a gente vai continuar
enquanto houver ventos e mar
a gente não vai parar
enquanto houver ventos e mar"
o Jorge faz anos hoje. parabéns, meu querido amigo. és o maior, sempre, sempre!

sexta-feira, maio 25, 2007

anatomicamente

quem não gosta?! eu gosto!!!


terça-feira, maio 15, 2007

há lugares que são pequenos abrigos


Braga é uma cidade de que gosto com memórias que hei-de guardar para sempre. memórias da minha vida. de coisas de rir e de coisas de chorar nalguns dos meus momentos mais felizes e mais tristes. Braga é a cidade do Zé Sarmento, meu tão querido amigo de quem tenho saudades que o tempo, afinal, pouco tem ajudado a sarar. é a cidade onde vivem duas das pessoas de que mais gosto no mundo inteiro e onde, num lugar perfeito, escondido no fim de um caminho que é sempre um bocadinho mais longo do que penso, existe o meu refúgio preferido onde, por dentro, por mais "partida" que esteja, me volto sempre a colar.
fazer a Queima este ano foi, por tudo isto também, muito especial. foi difícil, porque é difícil tocar e cantar com o vento e a chuva e o frio, mas foi bom sermos tantos a resistir a tudo isso com tanta vontade de estarmos ali!obrigada mesmo!
ontem saiu o Lado a Lado, por fim. estou muito emocionada com as mensagens que tenho recebido, com o que tenho lido no guestbook. é bom sentir o vosso abraço e a vossa amizade e saber das vossas opiniões e reacções. tenho um orgulho enorme no clube de fãs! tenho um orgulho enorme em todas as pessoas que são este lugar, que me dão este lugar tão forte e tão verdadeiro, onde é cada canção o que nos liga, cada projecto, cada espectáculo, cada emoção e cada momento que ao longo do tempo temos vivido juntos. isso é o melhor que guardo de tudo o que já passei na música e é mesmo, mesmo muito bom!


segunda-feira, abril 23, 2007

por outras palavras


eu gosto destas coisas. conversar. tocar e cantar um bocado a propósito da conversa. ouvir com atenção quem me entrevista à espera das perguntas que me vão surpreender, que me vão obrigar a questionar-me também, procurar outro ângulo, tentar explicar-me melhor. quem me entrevistou no auditório da Biblioteca de Paços de Ferreira foi o Tito Couto. ou melhor, quem conversou comigo. o Tito já tinha imenso a seu favor antes mesmo de o conhecer. é amigo de amigos que sabem o que vale uma boa conversa (o Artur Silva, o Jorge Reis-Sá ), que sabem como as palavras fazem caminhos, como podem ser uma espécie de mapas de pensamentos e de emoções. mapas que levam para dentro, se quisermos, para dentro dos universos pessoais de quem os usa. o Tito foi abrindo caminho com as suas palavras, as suas perguntas, e a conversa fluiu tão "em casa" que o tempo passou num instante e a memória que guardo tem qualquer coisa de (como ele próprio disse que esperava que acontecesse) um lugar meu.
quero muito agradecer também a todo o público que lá esteve e que tornou esta noite uma noite entre amigos, que ouviu com tanta atenção, com tanta simpatia, e que (temos isto combinado há muito tempo;)...) cantou comigo todas as canções. porque é bom ser "por outras palavras" mas também sabe bem quando são as mesmas palavras que nos unem.

sexta-feira, abril 13, 2007

ao Professor Mário Andrea, sempre muito obrigada

quinta feira passada fui ao auditório da Faculdade de Medicina, em Santa Maria, participar no espectáculo organizado pelo Professor Mário Andrea para comemorar o Dia Mundial da Voz. fui com o João Pedro e encontrámos um auditório completamente cheio e um público extremamente caloroso. funcionários do hospital, médicos, amigos, e muitos estudantes. agradeci ontem publicamente ao Professor Mário Andrea tanto trabalho que já lhe dei mas quero voltar a agradecer-lhe aqui. é que o seu interesse pelo seu trabalho vai muito além do interesse clínico de um médico pelo seu objecto de estudo, por maior que esse interesse possa ser. o professor Mário Andrea é um grande médico apaixonado pela voz, pela música, que está sempre disponível de uma forma sensível, preocupada, responsável e amiga para todos os profissionais que usam a voz e que fazem música neste país. muito, muito obrigada!

segunda-feira, março 19, 2007

do not cross police line




tenho pensado na memória. e tenho escrito sobre a memória. somos feitos dessa matéria difícil de descrever, a guardar o que foi melhor e a tentar esconder no seu fundo o que foi pior. porque tudo nos habita, até o esquecimento. somos feitos das coisas que vivemos, daquilo que nos disseram ou que dissemos (ou que não nos disseram e que não dissemos), de gestos, muitos gestos, nossos e das "nossas" pessoas em nós. somos feitos de momentos pequeninos aos quais se calhar não demos nenhuma importância, e que um dia, de repente, percebemos que são aquilo que "cola" uns aos outros todos os outros momentos. acabar um almoço de domingo à mesa, em família, a conversar, a rir, a falar de nada importante, parar um bocadinho para ouvir com toda a atenção do mundo a história que o nosso filho nos quer contar, tomar o café do costume com os amigos do costume, ficar a escrever enquanto atrás da ponte cai perfeito aquele pôr do sol conciliador.

esta correia de guitarra já fez comigo muitos espectáculos. muitas gravações de espectáculos. foi-me oferecida por dois grandes amigos, a Sofia Ramada Curto e o Pedro Granger, que a compraram em Nova York para mim. sempre que a uso na guitarra lembro-me disto. lembro-me que eles a compraram para mim. lembro-me que eles são meus amigos e que gosto muito deles, e que não nos vemos há muito tempo, e que tenho saudades. ter saudades é entrar dentro dos lugares da memória. entrar lá dentro à procura do abraço, do gesto, do sorriso, do momento que nos faz sentir essa saudade e ( a saudade é isto ) ter vontade de lá voltar.

usei a correia de novo na gravação do "lado a lado" como tenho usado sempre, porque ela (para além de ser mesmo o máximo:) ) tem este sentido especial para mim: faz-me voltar ao abraço, ao gesto, ao sorriso do momento em que me veio parar às mãos.

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

o tempo

não me tenho ligado muito, essa é a principal razão de não vir aqui há tanto tempo... o projecto "lado a lado" está em fase de misturas. escolhemos as versões que estavam melhores e esse alinhamento seguiu para estúdio onde o Fernando Abrantes ( técnico com quem gravei "A cor da fogueira" com o Zé Sarmento como produtor ) tem estado a trabalhar o som de cada instrumento para nos mostrar uma primeira abordagem das misturas já esta sexta feira. o Fernando é um grande profissional e é de um rigor imbatível, é muito bom contar também com ele.
hoje tivemos reunião para ver a proposta de capa e para escolher fotografias. as fotografias, só por si, contam uma parte da "história" deste projecto e é isso que vamos tentar que a capa transmita: os vários momentos de um trabalho que foi de tanta gente.
confesso que fiquei muito cansada depois da gravação e precisei desligar um bocado para recuperar forças. como estive doente tanto tempo e não podia mesmo cantar, o tempo que tivemos para preparar este disco foi muito curto e os ensaios tiveram de ser muito intensivos para conseguirmos cumprir os prazos que nos tinhamos proposto. isso, e a maratona que foram o ensaio geral e a gravação do espectáculo, fez com que acabássemos todos completamente rebentados.
agora já deu mais que tempo para descansar e ouvir com a distância necessária tudo o que se fez. gosto muito da versão que gravámos do "Paciência" do Lenine. gosto imenso da versão do "Aqui dentro de casa" do José Mário Branco e gosto especialmente da oportunidade de podermos fazer esta homenagem a um tão grande compositor português. gosto também muito do arranjo cheio de espaço do "Cada lugar teu", que nos deu espaço a nós para sentir a canção de outra maneira. e continuo a gostar de "O dia mais longo" do João Pedro, que é a canção dele com que mais me identifico neste projecto. 2ªfeira vamos escolher os ( em princípio...) cinco temas que virão também em dvd ( na edição especial do cd ) e muito em breve o single vai começar a tocar nas rádios.
no outro dia ( quando foi a gala da tvi ) a caminho do Casino, para o ensaio geral, parei com o Filipe no Alcatruz para almoçarmos e estivemos a falar sobre esta coisa extraordinária que é o tempo, tudo o que vivemos e nunca conseguimos agarrar completamente, as coisas a passarem por nós a uma velocidade incontrolável, a escaparem das nossas mãos, a serem tempo, passado, outra vez, depois de terem sido o que eramos nós naquele momento. os nossos dias, os nossos pensamentos, as nossas emoções, o nosso entusiasmo e o nosso cansaço, os almoços "muito em cima da hora", o tal pequeno almoço no café que nunca aconteceu. agora já não são esses os nossos dias. esse, agora, é só tempo que se guardou, inteiro, com todos os momentos e todas as histórias que o fazem ser um tempo, inteiro, para lembrar.
afinal deve ser essa a única maneira de podermos agarrar o tempo, de não o deixarmos escapar completamente, é vivê-lo tão intensamente que ele fique gravado na nossa memória e na nossa pele, inteiro, presente, impossivel de esquecer.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

saudades

tenho estado sem internet porque mudei de casa no fim do ano e foi a confusão total. nunca mas nunca repetir uma mudança nesta altura! até quem vem ajudar fica preso nas filas intermináveis de quem vai comprar prendas de Natal e acaba por não conseguir chegar( é um stress, o Natal. eu para cúmulo ainda faço anos mesmo ali no meio do dia mais louco...) e pronto, é mesmo a altura menos indicada para mudanças, mas foi preciso.
depois disto ainda vou muito a tempo de vos desejar um ano de 2007 cheio de energia, cheio de coisas positivas principalmente de dentro para fora, a começar na cabeça e no coração, sem nos deixarmos contaminar pelas perspectivas desoladoras que todos os dias nos fazem chegar.
estou a recomeçar o trabalho depois de dois meses impedida de cantar por causa de uma infecção respiratória. esta paragem e também outros projectos que surgiram pelo meio do meu disco de originais obrigaram-nos a mudar alguns planos, datas e prazos mas espero que tudo se possa conciliar bem e que valha muito a pena.
vou dando notícias.
um abraço mesmo muito grande! tenho muitas saudades vossas!